O Rio Grande do Sul volta a sofrer com chuvas intensas, alagamentos e enchentes em 2025. O drama é repetido: casas invadidas pela água, famílias desabrigadas e cidades em alerta. O que também se repete, infelizmente, é a ineficiência das promessas feitas por autoridades. Os discursos dos governos federal e estadual não se traduziram em ações concretas que previnam novas tragédias.
📉 PROMESSAS DO GOVERNO FEDERAL NÃO VIRARAM REALIDADE
Após a histórica enchente de 2024, que deixou 184 mortos e mais de 2,4 milhões de afetados, o governo federal anunciou R$ 6,5 bilhões para obras de prevenção. Um ano depois, a realidade é outra:
Quase nenhum projeto foi executado com esses recursos. A maior parte ainda está travada por burocracia, licitações ou falta de projetos executivos.
Municípios como Canoas e Eldorado do Sul, entre os mais atingidos, continuam esperando obras de drenagem e contenção prometidas há mais de 12 meses.
O presidente Lula visitou o estado e prometeu “reconstrução e prevenção”, mas a ajuda que veio foi majoritariamente emergencial (auxílio financeiro, cestas básicas, abrigos temporários) — não estruturante.
Especialistas apontam: sem canalizações, desassoreamento e sistema de bombeamento eficiente, qualquer nova chuva vira tragédia. E isso não foi tratado com a urgência necessária pela União.
🏛️ GOVERNO ESTADUAL CENTRALIZOU E ATRASOU
Enquanto o governo federal falhou em dar agilidade, o governo estadual contribuiu para o atraso:
O governador Eduardo Leite centralizou a execução dos projetos, tirando autonomia de municípios que já tinham planos prontos.
O resultado foi mais lentidão: obras em Porto Alegre, Alvorada e Viamão seguem apenas no papel.
Leite criou o programa “RS Seguro contra Enchentes”, mas nada foi entregue até agora — e nenhuma nova estrutura de proteção foi finalizada desde 2024.
💣 UM ANO DE TRAGÉDIA E NADA MUDOU
O Rio Guaíba voltou a ultrapassar 4 metros em 2025, o que mostra que o leito dos rios segue assoreado, sem limpeza ou ampliação da calha.
Sistemas de diques e bombas em Porto Alegre continuam falhando por falta de manutenção.
No interior do estado, sangas, arroios e lagoas seguem obstruídos, e os alagamentos se tornam inevitáveis mesmo com chuvas moderadas.
🔍 O DESCASO É COMPARTILHADO
Ambos os governos falharam:
O federal prometeu bilhões e um “novo RS”, mas até agora, a reconstrução e a prevenção não passaram de anúncios.
O estadual concentrou decisões, ignorou a urgência local e não entregou nenhuma grande obra de infraestrutura.
Enquanto isso, a população paga a conta. Famílias ainda vivem em abrigos, o comércio sofre e a economia local luta para se reerguer.
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⚠️ CONCLUSÃO: O CLIMA MUDA, O DESCASO PERMANECE
As enchentes de 2024 deveriam ter sido um divisor de águas. Mas os fatos mostram que, sem cobrança, fiscalização e ação imediata, vamos continuar convivendo com tragédias que poderiam ser evitadas.
O Rio Grande do Sul precisa de mais do que promessas: precisa de obras, manutenção e respeito à sua gente.